quinta-feira, 13 de abril de 2017

20 refugiados serão professores de inglês, espanhol, árabe e francês no Rio.
No Rio de Janeiro, vinte refugiados começarão a dar aulas de espanhol, inglês, francês e árabe no curso “Abraço Cultural”, com o apoio de organizações como Caritas RJ e Atados. Esse projeto terá cerca de 30 voluntários envolvidos e, além do curso de idiomas, eles trocarão experiências sobre suas culturas, incluindo a música, a culinária, a dança e a literatura, por exemplo. Esse projeto também existe em São Paulo, desde 2015. Entre os refugiados estão professores da República democrática do Congo, da Venezuela e da Síria. Segundo dados das organizações, os congoleses darão aulas de francês e os sírios de inglês. O curso de árabe será oferecido por outro sírio, fluente em português. Nossos vizinhos venezuelanos ensinarão a língua espanhola. Os professores passaram por um período de preparação fazendo cursos de capacitação com pedagogos. O projeto ainda visa abrir mais 80 vagas que serão divididas em diversas turmas. O projeto Abraço Cultural, muito mais do que uma nova língua, visa conectar as culturas e enriquecer os dois lados através da inclusão social e da permuta de experiências e de pensamentos.

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Refugiados no Brasil
O Brasil, atualmente, tem cerca de 8.500 refugiados, segundo dados do Comitê Nacional para Refugiados (Conare) e do Ministério da justiça. Desses 8.500, a maior parte deles vem da Síria. Em menores números, estão registrados refugiados da Colômbia, Angola e República Democrática do Congo. O Rio de Janeiro é a sexta cidade brasileira com mais refugiados no país. São Paulo é a primeira cidade que mais recebe refugiados, à frente  do Rio Grande do Sul, segundo dados divulgados em agosto de 2015 pelo Conare. O curso será realizado na Casa de Cultura Habonim Dror, um centro judaico que educa jovens através da educação não-formal e que está localizado em Botafogo, na Zona Sul.

Até o momento, estima-se que mais de 250 pessoas já tenham demonstrado interesse e as línguas mais procuradas seriam árabe e francês. Nos cursos, os alunos não só vão aprender a gramática da língua, mas também seu contexto cultural, incluindo a política e a história que os refugiados passaram até chegar ao Brasil. Os professores terão uma remuneração de R$ 1 mil ao longo dos quatro meses de curso. O curso já pode contar com a presença de advogados, historiadores, engenheiros e outros profissionais que estão com boa vontade de abraçar essa oportunidade. Para os interessados que ainda não se informaram sobre o curso, as organizações estarão abertas para tirar dúvidas.

A mensalidade será de R$ 200 mensais, com aulas todas as semanais, de até 1h30, além de uma aula sobre a introdução dos estrangeiros, onde os alunos também aprenderão a dança, a música, a gastronomia, a política, os interesses e as maravilhas da cultura de cada um deles. Em São Paulo, o projeto deu mais do que certo. O curso iniciou em julho de 2015 e já teve inscrição de mais de 120 alunos, principalmente no curso de férias.

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  1. Jan Amos Komenský, foi um bispo protestante da Igreja Moraviana, educador, cientista e escritor checo. Como pedagogo, é considerado o fundador da didática moderna. Wikipédia