terça-feira, 27 de dezembro de 2016



Em pouco tempo a mídia se transformou e se reinventou como não poderíamos imaginar há algumas décadas. Com isso, as famílias ainda não tiveram tempo de estudar, analisar e compreender exatamente como trabalhar mídia e educação em seu lar. Mitos, verdades e informações controversas deixam o assunto ainda mais confuso. Com este texto, queremos que o leitor analise um pouco o poder que a mídia exerce em sua família para conseguir traçar estratégias para otimizar seu uso e também para diminuir seus efeitos negativos. Televisão, rádio, internet, celular e novas formas de informar se tornam parte de nossa vida quando menos esperamos e precisamos orientar e capacitar nossos filhos a lidarem com essa realidade, pois quando chegarem à fase adulta, independente das novidades tecnológicas, eles saberão fazer bom usos destes acessórios da vida moderna. Embora este texto seja mais voltado para os pais, famílias, acreditamos que os educadores também podem aproveitar as opiniões e informações deste texto.
Assim como toda novidade, muita barreira foi, e ainda é, criada a cada nova tecnologia que surge para as mídias. Quando relacionamos mídia e educação de seu filho, precisamos ser mais criterioso e não cair no erro de apenas repassar informações que, na verdade, não passam de opiniões isoladas. Basta lembrarmos que quando a internet surgiu, muitos cristãos “demonizaram” esta nova ferramenta de comunicação. Para muitos, a sigla WWW era uma alusão ao código da besta 666. Logo se viu que essa ferramenta poderia trazer muito mais benefícios do que malefícios ao cristão, desde que usada corretamente. Por isso, dizer apenas que este desenho ou aquele programa infantil vai “abrir brecha para o diabo” não tem sentido. Precisamos analisar o assunto com cautela, sob a Palavra sim, mas sob falsas “profetadas” não.

Para iniciar, efetivamente, o assunto mídia e educação, vamos definir o que sãos as mídias. Resumidamente, toda ferramenta que nos informa é um tipo de mídia. Jornal, tv, rádio, revista e celular são as mais comuns hoje em dia. Tecnicamente, as mídias se diferem em três categorias, eletrônicas, digitais e impressas. As impressas, obviamente, são as que passam pelo processo de impressão, como jornais e revistas. As eletrônicas são as mídias que nos comunicam de forma unidirecional, ou seja, não há interação com o receptor. É o caso do rádio, tv e cinema. Também podemos incluir dvd’s, por exemplo. Já as mídias digitais são aquelas que oferecem algum grau de interatividade, ainda que pequeno como compartilhar ou comentar. Basicamente, a internet é o principal item desta categoria. Os vídeo games, por exemplo, também estão incluídos nesta categoria. Celulares, tablete, computador e o que mais inventarem nesta “família” fazem parte das mídias digitais.

A mídia e o relógio
Talvez, a melhor forma de lidarmos com o assunto é analisarmos o tempo que nosso filho utiliza de mídias. É evidente que uma criança que utiliza as mídias por duas horas por dia será menos influenciada (positivamente ou negativamente) que uma criança que fica de cinco a seis horas por dia utilizando essa ferramenta. Portanto, o primeiro passo para analisarmos os reais efeitos da mídia na formação de seu filho é pensar quanto tempo ele utiliza as mídias. Se você acha que desenhos, programas, músicas e jogos podem ter influências negativas em seu filho, o primeiro passo é definir um tempo que seu filho terá acesso a estes conteúdos.
O grande problema da vida moderna é que tanto o pai como a mãe ficam muito tempo fora de casa e os filhos são incentivados a se distraírem com as mídias. O principal argumento é que “é melhor estarem em casa do que na rua”. O que não deixa de ser verdade para a maioria das famílias, mas estar em casa não pode se resumir a ver televisão, ficar na internet ou celular e jogar games. Além disso, mesmo quando estão em casa, pai e mãe preferem deixar seus filhos nas mídias eletrônicas e digitais a passar um tempo efetivo com eles, conversando, fazendo devocional, jogando um jogo de tabuleiro ou qualquer outra atividade como essas. O tempo escasso para administrar o tempo com os filhos se torna ainda menos produtivo porque os pais preferem priorizar o tempo para si do que para seu filho.

Mal uso da mídia
Um grande fator que faz que muitos jovens e crianças utilizem mal as mídias é que os próprios pais não sabem bem utilizar esta ferramenta. Se os próprios pais ficam mais tempo na tv e computador do que com outras tarefas, os filhos seguirão este modelo. Se os pais falam uma coisa e praticam outra, com o tempo, a criança vai seguir este mesmo molde. Discussões por causa de qual canal assistir, de quem é a vez de ficar no computador ou uso excessivo do celular tornam o relacionamento entre família e mídias ainda mais problemático.
Basicamente, como descrito anteriormente, a pior associação que podemos fazer entre mídia e educação é não definir tempo de uso e/ou utilizar mal este tempo. Deixar as crianças e adolescentes livres para usar as mídias é um desserviço na formação desta pessoa. Os pais precisam saber tomar as rédeas destas ferramentas em seu lar. Não apenas em relação ao tempo de uso, mas também à forma de uso. Quando definimos um tempo para as mídias, automaticamente, as crianças vão aprendendo a administrar melhor seu tempo utilizando estes recursos. Quando uma pessoa sabe que vai ter uma hora para ficar na internet, ela vai saber aproveitar melhor este tempo e não vai ficar ocioso na frente do computador. Sejam adultos ou crianças, a definição de um tempo melhor nosso foco.

Bom uso da mídia
Por outro lado, os exemplos de bom uso da mídia são incontáveis e faremos um outro texto apenas sobre o bom uso da mídia. Aqui vamos apenas apontar algumas direções para que o leitor comece a utilizar bem as mídias, tanto para si como para sua família.
Ao falarmos especificamente de mídia e educação, podemos lembrar que podemos começar a ensinar nossos filhos sobre o bom uso das mídias com alguns passos simples. Em primeiro lugar, como mencionado antes, o tempo é fundamental. Orientar e disciplinar nossa família sobre quanto tempo passaremos usando o computador, a tv ou o celular já é um bom início. Outra dica essencial é evitar o uso de celular em ambientes como escola e restaurante.
Algumas ferramentas para ensinar seu filho a começar a usar as mídias digitais com responsabilidade. Dependendo da idade de seu filho, você não precisa abordar todos os assuntos, mas algumas de nossas dicas são:
  • Como usar e-mail. O que é spam, perigos de vírus etc.
  • Fornecimento de informações. Perigos de repassar dados pessoais. Perigos de preencher formulários de sites.
  • Fóruns e comentários. Como comentar com educação e respeitosamente. Quando vale a pena fazer um comentário. Evitar discussões frívolas.
  • Diferenciar opinião e informação. Ensinar o que são blogs, portais de notícias e sites privados. Ensinar seu filho a diferença de um texto de opinião de um texto de informação.
  • Sites confiáveis. Ensinar sobre sites seguros. Sites de jornalismo que prestam informações confiáveis. Saber evitar sites com notícias sensacionalistas.
  • Sites de colaboração. Mostrar que sites como Wikipédia não são totalmente confiáveis porque todos podem mudar os textos.
  • Redes sociais. Não aceitar amizades de quem não conhecemos. Fazer publicações públicas, particular ou para grupo de amigos.
  • Pesquisas na internet. Como procurar em sites confiáveis e como fazer resumo de um texto da internet (não copiar e colar).
Como podemos ver, a mídia não precisa ser demonizada se usada com sabedoria. Para realizarmos uma correta utilização de mídia e educação basta compreendermos como essa ferramenta tem grande potencial para levar nossos filhos a conhecerem informações úteis e práticas, que lhes garantirão um desenvolvimento de vida saudável e equilibrado.

Publicado e copiado de Material Gospel


quarta-feira, 14 de dezembro de 2016





terça-feira, 13 de dezembro de 2016

O aplicativo Bíblia Kids é uma das ferramentas disponibilizadas pela AMME evangelizar para que as igrejas preguem o Evangelho às novas gerações.
Uma das utilizadoras do aplicativo é a jovem Priscila Silva. Ela participou do Encontro Missionário da Língua Portuguesa, em São Paulo, e afirmou que conheceu o ministério por causa do produto.
“O interessante é que eu conheci a AMME através do aplicativo Bíblia Kids porque eu sempre quis evangelizar crianças. Eu baixei o aplicativo e achei muito legal porque é uma ferramenta prática e de fácil utilização. Além disso, é um produto atual porque estamos em uma era tecnológica”, afirmou.
O material foi desenvolvido através de uma parceria entre a OneHope e a YouVersion. A Bíblia Kids é ilustrada em flat-design, bem colorida e adequada às telinhas, oferecendo a opção de ler ou escutar histórias. As ilustrações são interativas e estimulam a criança a descobrir as áreas sensíveis para interagir.
Para baixar o aplicativo, acesse o site bible.com/pt/kids.

Publicado em AMME


segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Excelente abordagem de Liliana Ishii publicado no site da Mackenzie, sobre a Didática Cristã de Comenius. Vale a pena baixar e ler. É só CLICAR na figura abaixo:


terça-feira, 28 de junho de 2016

Neste modelo de lição para Escola Bíblica Dominical (EBD) vamos aprender sobre a história da ressurreição de Lázaro, narrado no livro de João.
O professor deve ler este acontecimento com calma e concentração, pois o texto é cheio de detalhes, que os alunos que conhecem a história podem comentar. Recomendamos que esta aula da EBD seja direciona a alunos de nove anos para cima, pois trata-se de morte, ressurreição e sentimentos que, talvez, não seja bom comentar com crianças menores. Se ainda sim, você deseja dar esta aula para os menores, apenas tome o cuidado de não se aprofundar nos sentimentos de tristeza, foque a esperança e alegria.

Texto base: João 11:1 a 46

Objetivo: As crianças devem aprender a confiar em Deus mesmo em momentos que não há solução. O tempo de Deus é perfeito.

Introdução
Você pode começar esta aula da EBD com uma dinâmica. Escreva em um papel a frase “o pior dia da minha vida foi quando…”. Faça vários papéis iguais e distribua para todas as crianças da sala. Você pode pedir para que elas escrevam o nome delas no papel, ou não, isso fica a seu critério. Depois, recolha os papéis (ou pelo menos alguns deles) e liste algumas situações na lousa. Se sua classe não tem lousa, apenas diga alto algumas das respostas.
Nem sempre as coisas saem como a gente espera, não é mesmo? Às vezes, a gente até acha que pode melhorar, mas nada de bom acontece e ficamos muito tristes. Alguém já passou por alguma situação assim?
Na história de hoje vamos ver o que aconteceu quando algumas mulheres ficaram muito tristes porque o irmão delas morreu.

História
Hoje vamos aprender sobre a história de um homem chamado Lázaro. Ele tinha duas irmãs, Marta e Maria. Certo dia, este homem estava muito doente e suas irmãs ficaram tristes. Para tentar alguma ajuda, as irmãs de Lázaro foram procurar Jesus.

Professor, se você dá aula na EBD para os juniores ou primários, você pode comentar sobre os costumes daquela época, quando os homens sustentavam a casa e quando as mulheres ficavam só passavam por dificuldades.

Ao receberem, a notícia os discípulos de Jesus também ficaram tristes, mas Jesus logo consolou aquelas pessoas explicando que aquela enfermidade de Lázaro não estava acontecendo para tristeza, mas para que todos pudessem ver o poder de Deus. Jesus ficou mais dois dias junto àquelas pessoas.
O curioso é que Jesus não saiu correndo para ajudar Lázaro. Por que será que Jesus não se apressou. Ele ainda ficou mais dois dias no local que estava antes de ir ver Lázaro. Será que ele não estava com vontade de viajar até a casa de Lázaro?
Deus é perfeito e tudo o que Ele faz é perfeito. Muitas vezes em nossas vidas ficamos desanimados e parece que nada de bom vai acontecer, mas Deus quer que possamos confiar nele e que a gente não coloque nossas emoções acima da nossa fé. O fato de ficarmos tristes não significa que Deus não gosta de nós, ou que Ele não liga pra gente. É nos momentos de tristeza que devemos ter fé em Deus, para que possamos superar as dificuldades. A bíblia nos diz que feliz é aquele que espera em Deus

(Isaías 30:18 – professor, leia o versículo em sua bíblia, se for mencioná-lo, pois colocamos apenas uma parte).

Passado os dois dias, Jesus resolveu ir visitar Lázaro. Os discípulos ficaram preocupados porque Lázaro morava em uma cidade que as pessoas não gostavam de Jesus, e achavam que ir até lá poderia ser perigoso. Jesus disse que precisava ir até lá porque Lázaro estava morto. Os discípulos, então resolveram ir junto com Jesus.

Professor, como dito antes, ao dar esta aula em sua classe da EBD, alguns detalhes como o trecho acima podem ser pulados, se suas crianças forem muito pequenas.

Eles levaram alguns dias para chegar até onde estava Lázaro, e quando chegaram lá, avisaram que Lázaro já tinha morrido há quatro dias. Vários amigos estavam consolando Maria e Marta, irmãs de Lázaro.
Ao verem que Jesus tinha chegado, Marta comentou com Jesus que acreditava que seu irmão estaria no Reino dos Céus.
Lázaro era amigo de Jesus e cria em tudo o que Jesus ensinava. Quando cremos que Jesus é realmente o filho de Deus, também temos a certeza que, ao morrermos, iremos para o Reino dos Céus, onde viveremos para sempre.

Se você dá aula na EBD para os juniores, ou pré-adolescentes, mencione João 10:17 e 18, que mostra que Jesus tem poder total sobre a vida e a morte.

Marta chamou sua irmã Maria para ver Jesus, e quando algumas pessoas viram que Jesus estava por ali, foram ouvir o que ele tinha para falar.
Ao ver que todos estavam tristes, Jesus perguntou se já tinha sepultado Lázaro. Estavam todos tão tristes que até Jesus chorou. Aquelas pessoas, levaram Jesus até o túmulo de Lázaro. Naquela época as pessoas não eram enterradas em cemitérios. Os corpos eram levados para cavernas, e depois colocavam uma pedra grande para ninguém mais entrar.
Chegando no túmulo, Jesus pediu para removerem a pedra, mas Maria avisou que Lázaro já estava morto há quatro dias, por isso, a caverna estaria fedida, era melhor não tirar a pedra; no entanto, Jesus respondeu “se você crer, você verá a glória de Deus”.
Em alguns problemas que enfrentamos devemos confiar em Deus, talvez seja a oportunidade de termos uma experiência maravilhosa que nos fará ver a glória e o poder de Deus.

Ao falar do poder de Deus, e de que devemos confiar nele, você pode mencionar os frutos do espírito em sua aula da EBD. Outro versículo interessante é Salmo 27:14.

Jesus orou em alta voz, mandando que Lázaro saísse do túmulo. Foi quando aconteceu o que ninguém esperava. Lázaro saiu do túmulo.
Algumas pessoas entenderam que Jesus fez aquilo para mostrar o poder de Deus, mas algumas pessoas acharam que era algum truque. Em seguida, saíram para falarem sobre aquilo para as pessoas que não gostavam de Jesus (lembram que nesta cidade muitas pessoas não gostavam de Jesus?).

Conclusão
Depois que Jesus ressuscitou Lázaro, mal podia andar em público naquela cidade e nas cidades vizinhas porque muitos queriam matá-lo. Jesus teve que fugir para uma região mais distante.
Depois daquele dia, alguns creram que Jesus era o filho de Deus e outros achavam que ele só fazia truques. E você o que você acha?

Oração final
Se você acredita que Jesus realmente é o filho de Deus e que tem poder para te dar a vida eterna no Reino dos Céus, ore comigo pedindo para que ele seja o salvador de sua vida (ORE).

Se você já acredita que Jesus é o filho de Deus e quer orar para que ele te ajude nos momentos de dificuldades, ore comigo (ORE).

Publicado em Material Gospel

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Para preparar uma boa aula e extrair o melhor de seus alunos, o professor da igreja infantil precisa de preparar adequadamente, com cursos, informações e treinamento. Por isso, estamos estudando um pouco sobre o comportamento infantil. Sem o devido preparo, a igreja pode estar desperdiçando uma grande oportunidade de ganhar almas e formar cristãos preparados para viver uma vida cristã plena. Infelizmente, muitas igrejas não preparam seus professores e acabam criando “classinhas” sem estímulos para as crianças, o que tornam o tempo na igreja desagradável para os pequeninos. As crianças vão crescendo com uma visão de que a igreja é chata e desestimulante. Tudo isso porque a igreja preferiu não investir em professores, não adequando seu espaço para atender o comportamento infantil em cada faixa etária.
A preparação de professores deve ser levada a séria como é feita a formação de evangelizadores, missionários ou pregadores, mas muitas vezes é considerada um apêndice da igreja, no sentido literal, o apêndice no corpo humano não serve para nada a não ser causar problemas. Infelizmente, alguns líderes de igrejas acham que o departamento infantil não serve para nada e ainda causa problemas.
Conhecer o comportamento infantil é fundamental para que o professor possa criar uma aula estimulante e proveitosa. As crianças de seis a oito anos de idade são mais perceptivas e observadoras que as mais novas, no entanto continuam ativos, o que nos leva a crer que prepara atividades de movimento pode ser melhor para aproveitarem melhor a aula. A maioria das igrejas classifica esta faixa etária como primários.

Características físicas
Assim como as crianças de quatro ou cinco anos, esta faixa etária ainda abrange crianças ativas, que gostam de atividades como correr, pular ou andar por algum tempo. No entanto, elas logo se cansam, portanto, uma dica é o professor realizar estes tipos de atividades antes de um momento que precise de silêncio ou concentração.
Como elas se cansam fisicamente, também, da mesma forma, ficam entediados com certa rapidez. Realizar atividades longas ou preparar sempre as mesmas coisas não é uma boa ideia. A ordem é não ter rotina para atividades para crianças de seis a oito anos.
Um ponto importante é que muitas deles ficam constantemente doentes. É importante o professor saber lidar com crianças gripadas, com tosse, ou alergia. A igreja precisa estar preparada para atender às necessidades médicas de uma ou outra criança nesta situação, evitando classes sem acabamento, piso de cimento ou locais sem ventilação, por exemplo.
O comportamento infantil nesta faixa etária exige professores animados e dispostos, pois lidar com crianças de seis a oito anos pode ser cansativo para algumas pessoas.

Características mentais
Como a maioria nesta idade está aprendendo a ler, a leitura oferece um mundo novo para crianças de seis a oito anos de idade. O professor do primário deve demonstrar gosto pela leitura e estimular seus alunos a lerem. Eles vão adorar.
A mente ainda é bem literal e precisam de exemplos concretos para entenderem alguma coisa. Ao dar aulas de assuntos antigos, o professor deve se preparar para perguntas. É indispensável o uso de material gráfico no primário. Mapas, cartazes, slides…
Uma oportunidade a ser explorada é que eles já aprendem novas palavras com facilidade. Diferente do pré-primário, nesta faixa etária não há tanta necessidade de repetição.

Características sociais
Talvez a classe dos primários da igreja infantil seja onde o professor possa explorar melhor a imaginação das crianças. Além disso, o conceito de turma, amigos e equipes já é compreendido por elas, o que permite atividades em grupos com resultados melhores do que na classe dos pré-primários. O comportamento infantil desta faixa etária é ideal para a formação de vínculos de amizade.
As crianças de seis a oito anos de idade gostam de crianças da mesma idade e têm facilidade em criar amizades com um amigo especial. Costuma ser nesta faixa etária que aparecem pela primeira vez o “melhor amigo”.
Nesta idade, elas já não têm medo de bichos de estimação. Um cachorro, um gato ou passarinho prendem a atenção das crianças de seis a oito anos por muito tempo e desperta muita curiosidade.
Uma boa notícia para o professor da igreja infantil que vá dar aulas no primário, é que as crianças do primário buscam aprovação do professor. Elogios e incentivos funcionam bem nesta classe.
Uma dica para o professor é realizar tarefas não competitivas. As crianças de seis a oito anos preferem se ajudar do que competir entre si, é uma característica forte de seu comportamento infantil.

Características espirituais
O conceito de certo e errado já está melhor trabalhado e o professor pode, facilmente, explicar o que é certo e o que é errado. As crianças de seis a oito anos confiam nos adultos.
Como elas gostam de atividades físicas, elas começam a demonstrar mais gosto por histórias de ação e aventura. Este estímulo condiz com o comportamento infantil delas.
Entre seis e oito anos, as crianças já entendem bem o que significa que Jesus é o salvador, filho de Deus. Alguns conceitos espirituais básicos já podem ser apresentados. Uma ótima ideia é deixa-las orar. Elas já podem muito bem orar sozinhas.
As lições podem apresentar exemplos espirituais mais sérios, mais maduros. O conceito de viver para Deus já pode ser desenvolvido nesta idade.

Dicas para o professor
O comportamento infantil das crianças de seis a oito anos de idade é bem ativo, o professor pode desenvolver atividades de movimento. Mesmo que o professor não queira que as crianças corram ou pulem, somente o fato de andarem, sair do lugar, já é proveitoso e traz uma dinâmica para a classe.
A programação deve conter atividades variadas a cada 10 ou 15 minutos. Uma história que dure mais que este tempo já vai parecer chata e as crianças vão ficar entediadas. Exemplos de outras crianças é um estímulo para que copiem. Outro exemplo que compreendem fácil é a família. Falar de pai, irmãos e mãe é uma forma de fazer com que compreendam melhor a lição.
Nesta faixa etária elas já podem começar a procurar na bíblia por versículos e livros específicos.

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O professor da Escola Bíblia Dominical – EBD – deve estar preparado para lidar com crianças de todas as idades. Um erro comum nas escolas dominicais é o professor dar aula para crianças de 4 e 5 anos da mesma forma que faz para crianças de 7 e 8. Não apenas a história, mas toda a aula tem de ser preparada conforme a faixa etária das crianças. A liderança da EBD deve formar professores capazes de entender como cada criança se comporta de acordo com sua idade, isso irá proporcionar uma aula melhor e ainda vai ajudar o professor a não se frustrar, pois preparar uma aula que não seja de acordo com a idade dos alunos pode gerar uma aula desinteressante ou complexa demais.
Um professor que não sabe o tempo de concentração das crianças pode achar que ele, professor, está errado, quando na verdade é natural que as crianças da faixa etária de sua sala não se concentre mais de dez minutos, por exemplo.
É fundamental que os professores conheçam as características das crianças que está trabalhando para elaborar sua aula da EBD. Escolher os cânticos, preparar a lição, as palavras, tudo deve estar de acordo com esta faixa etária. Neste tópico, vamos apresentar as características das crianças do pré-primário, ou seja, de 4 e 5 anos de idade.

Características físicas
As crianças de 4 e 5 anos são bem ativas, gostam de atividades e até parecem que não vão parar nunca, mas na verdade, esta explosão física tende a ser por pouco tempo. Elas se cansam facilmente. Sabendo disso, o professor da igreja infantil deve estar preparado para enfrentar situações nas quais as crianças queiram falar, correr ou brincar, sem dar a menor atenção ao que está em sua volta. A boa notícia é que elas se cansam facilmente. Tendo um pouco de sabedoria e paciência, o professor pode usar isso a seu favor, dando às crianças um tempo para se cansarem.

Características mentais
As crianças de 4 e 5 anos tem uma tempo de atenção aproximado de 10 minutos, por isso, a preparação da aula da EBD deve ser segmentada. Podemos dizer que as perguntas mais frequentes das crianças de 4 e 5 anos são “como?” e “por quê?”. Praticamente tudo o que elas ouvem e veem é novidade para elas, por isso, o professor nunca deve achar que a criança já conheça alguma coisa. Ao montar a lição, o professor deve se preparar para explicar alguns detalhes, como o que é Israel, como as pessoas faziam antigamente para beber água, lavar roupa ou preparar a comida.
Nesta faixa etária, as crianças tem uma imaginação fértil e tomam quase tudo de forma literal. O professor da EBD deve tomar cuidado com algumas expressões. A memorização dos versículos deve incluir apenas versículos curtos.

Características sociais
Ao lidar com crianças de 4 e 5 anos o professor deve estar preparado para lidar com algum tipo de egoísmo, pois as crianças de 4 e 5 anos são egocêntricas. Não tão extremas como as mais novas, mas ainda apresentam alguma dificuldade em dividir. Nesta idade eles ainda estão aprendendo a dividir, compartilhar, por isso, o professor não deve se irritar quando alguma criança demonstrar mais dificuldade neste aspecto.
Além disso, eles adoram alguns jogos domésticos e brincadeiras simples, como de perguntas, carrinho e boneca.
Apesar da personalidade egoísta, as crianças de 4 e 5 anos gostam de agradar. Uma boa forma de o professor conquistar a criança é elogiá-las quando fizeram algo bom ou correto.


Características espirituais
Esta é uma ótima faixa etária para o professor da EBD ensinar sobre o Senhor, pois elas gostam de aprender e são curiosas. Como elas gostam de agradar, são mais fáceis de serem guiadas. Elas pensam em Deus de uma forma pessoal, e levam tudo para este lado, por isso, é a idade ideal para começarem a aprender a orar. Elas vão pedir sempre para Deus o que precisam e estão dispostas a agradecer, pois querem agradar ao Senhor. São facilmente ensinadas a falarem de Deus para os colegas,
Já podem compreender que errar por querer é pecado e podem ser ensinadas sobre isso.
Se você não sabe a partir de qual idade uma criança pode aceitar Jesus, é exatamente nesta faixa etária, 4 e 5 anos.

Dicas gerais
Ao responder as perguntas seja direto e curto. Evite respostas longas pois elas não vão entender, e vão facilmente perder o interesse pelo assunto.
Ao escolher os cânticos da EBD, escolha os que podem ser feitos gestos.
Você pode desenvolver trabalhos manuais.
Crie oportunidades para que eles tocam e examine as coisas. Como estão descobrindo o mundo, as crianças de 4 e 5 anos são bem curiosas. Enfatize que Deus é nosso Pai. Essa relação é mais fácil deles aprenderem.
Já é possível ensinar versículos bíblicos, mas que seja curtos e explique sempre o o significado das palavras, assim como o que o versículo ensina.
Nesta faixa etária já podem aceitar a Jesus como salvador.
Mude as atividades a cada 5 ou 10 minutos, nas aulas da EBD. Se necessário faça pausas.
Utilize material gráfico simples, visuais coloridos.
Uma ótima dica é usar jogos em grupo.
Com essas dicas simples, o professor da EBD consegue desenvolver melhor suas atividades.

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terça-feira, 24 de maio de 2016

Para a maioria das igrejas evangélicas do Brasil, a classe dos Juniores reúne alunos de nove a onze anos de idade. Quando falamos sobre o desenvolvimento infantil entre nove e onze anos de idade, estamos lidando com crianças que já passaram pela idade das perguntas, pré-primário, e da ação, primário, e estão na chamada idade da energia. Os professores que lidam com os juniores devem estar preparados para lidarem com crianças que já podem desafiar o professor com perguntas mais elaboradas e exigem um pouco mais de profundidade no aprendizado, principalmente, quando falamos de crianças que já estão na igreja há anos e conhecem as históricas bíblicas de uma forma mais geral. Não adianta contar histórias superficialmente ou elaborar um plano de ação sem tanto esforço. Por outro lado, agora elas já conseguem se concentrar por mais de 15 minutos e as atividades podem demorar um pouco mais.
Vale ressaltar que toda igreja infantil deve ter apoio de seus líderes, pastores, para que exista material didático suficiente e espaço adequado de acordo com cada idade. Se, por um lado, a preparação do professor é fundamental para que as aulas sejam proveitosas, por outro lado, as igrejas devem fornecer o amparo necessário para que os professores consigam otimizar seu tempo em sala de aula.

Características físicas
Ao falarmos dos primários, crianças de seis a oito anos, vimos que eles gostam de atividades mais vigorosas, porém se cansam rapidamente; agora, ao falarmos do desenvolvimento infantil dos juniores, estamos lidando com uma faixa etária que exige constantes mudanças, novidades. De uma forma geral, são crianças mais saudáveis, permitindo que o professor realize atividades variadas, como correr, pular, sem ter que ficar se preocupando tanto com cada indivíduo, como tem que ser no pré-primário e primário. Também é interessante realizar atividades ao ar livre.
Elas gostam de passatempo e atividades fora de rotina, em locais diferentes. Se interessam por aventuras e já começam a ser independentes.
O professor deve compreender que nesta idade as crianças ainda são desordeiros, por isso, é preciso paciência. Esta característica faz parte do desenvolvimento infantil desta faixa etária.

Características mentais
Nesta idade, as crianças estão prontas para receber novos conhecimentos. O desenvolvimento infantil de 9 a 11 anos é favorável à memorização. Ao trabalhar na igreja infantil, com a classe dos juniores, o professor deve explorar ao máximo esta capacidade de memorização para ensinar assuntos novos e introduzir um conhecimento bíblico mais aprofundado.
Com a concentração mais apurada, crianças de nove a onze anos tendem a ser mais interessadas aos problemas da rotina. Gostam de piadas e truques, além de serem muito criativos.
Estas crianças também gostam de colecionar coisas. É um bom motivo para o professor se empenhar em criar lembranças e brindes.

Características sociais
Estão na melhor idade para participarem de competições, pois tendem a ser leais e justos nas brincadeiras. Além disso, já começam a ter uma percepção social mais parecida com a dos adolescentes, por isso, gostam de ser reconhecidos pelos amigos e de participar de atividades com a turma. Eles já estão desenvolvendo o conceito de imparcialidade, por isso, os jogos podem ser muito bem explorados nesta faixa etária, evidenciando o papel do árbitro, para que aprendam a tomar decisões imparciais.
Outro fator importante do desenvolvimento infantil que o professor da igreja infantil precisa saber, é que eles gostam de heróis nesta idade.

Características espirituais
Os conceitos básicos do cristianismo e as doutrinas da igreja já podem ser ensinadas a estes pequeninos. Aqui já começam a fazer perguntas mais simples sobre o cristianismo. Aqueles que já estão a algum tempo na igreja irão fazer perguntas baseadas no que viram ou ouviram na igreja.
As crianças de nove a onze anos de idade já apresentam desejo de crescimento espiritual. Orar, ler ou adorar são assuntos que já podem ser ensinado, eles vão entender sem muita dificuldade.
Em relação às pessoas, os juniores estão dispostos a ajudá-las, e podem ser testemunhas, pois desejam fazer o que é certo e sente empatia pelos demais.
A comparação das histórias e curiosidades podem ser bem exploradas, pois o desenvolvimento infantil das crianças de nove a onze anos permite este tipo de informação.

Dicas
Com uma mentalidade mais amadurecida, já podem procurar na bíblia algumas respostas para suas dúvidas. Se o professor quiser, podem dar algumas lições que exijam uma resposta baseada na bíblia. Logicamente, o professor deve indicar onde encontrar a resposta, mas o aluno dos juniores já são capazes de interpretar os textos mais simples.
Uma dica para o professor que vai lidar com esta faixa etária é a realização de jogo de perguntas e respostas, preferencialmente, que o aluno precise manusear a bíblia para saber responder.
Já conseguem realizar devocionais. O professor pode explicar, de forma clara e simples, os objetivos do devocional e já pode mostrar com fazer.
Nesta faixa etária, os líderes da igreja infantil também já podem planejar atividades fora da igreja.
Conhecendo bem as principais características do desenvolvimento infantil das crianças de nove a onze anos o professor pode explorar bem atividades físicas, lúdicas e jogos e competições de forma adequada para esta faixa etária.

Publicado em Material Gospel


segunda-feira, 16 de maio de 2016

Uma das coisas que eu ouvi pastores que foram educados antes da era da informação lamentar é a prática aparentemente contra-intuitiva de deixar a igreja local para aprender a servir a igreja local.
Em outras palavras, no passado, um homem sentiu-se chamado para o ministério para exercê-lo numa igreja local. Desejando dotar-se através do ensino superior, ele iria em seguida, deixar a igreja local para ir para o seminário. Lá, ele iria aprender em um ambiente de sala de aula higienizado ocupada com outros estudantes durante todo o tempo longe das igrejas locais que participavam quando pela primeira vez sentiram esta chamada.
O resultado? Um homem que passa três anos aprendendo um monte de "ismos" e "ologias" apenas para perceber em seu primeiro pastorado que leva mais três anos para desaprender toda a bagagem desnecessária que não serve para comunicar e ministrar para uma igreja cujos membros não tenham participado de algum seminário. Este é um dos muitos problemas que eu acredito que a Reforma da Internet (sim, eu sou pioneiro em utilizar este termo) vai resolver como consequência.
Antes de chegar às soluções, vamos dar um rápido passeio através das implicações educacionais de ambas as reformas protestantes e da internet. De muitas maneiras, a internet está para o nosso cenário teológico o que a imprensa escrita foi para a Reforma Protestante (uma afirmação ousada, eu sei).

A Reforma Protestante
A imprensa escrita tornou possível para os reformadores colocar a Bíblia nas mãos das multidões. Eles foram capazes de combater a bagagem onerosa que a igreja romana havia adicionado à salvação e recuperar a doutrina da justificação pela fé em Cristo, porque eles poderiam simplesmente apontar para as Escrituras e dizer: "vejam como está aqui nos escritos de Paulo". Desde então volumes de livros foram escritos e reproduzidos graças à invenção de Gutenberg.
Porque a Bíblia foi produzidas em massa e disponibilizada para as multidões também houve multidões de diferentes interpretações disponibilizadas para impressão de mais livros. O resultado disso foi variadas escolas de pensamento e correntes teológicas que foram entregues a nós. Isto significa que os ministros eficazes devem ter pelo menos uma compreensão introdutória dos pontos de vista diferentes sobre doutrinas importantes. Em gerações anteriores, se você queria conhecer os vários pontos de vista sobre a Ceia do Senhor, isso significaria a compra de um grupo de diferentes livros ou ir à biblioteca e levá-los a título de empréstimo. Isto significava tornar-se educado para fins de ministrar na igreja local sendo necessário algum esforço, mas era muito mais fácil do que era antes, quando você tinha que gastar uma pequena fortuna para comprar uma cópia manuscrita de um livro. Aqueles dias mudaram tudo.


A Reforma da Internet
Vindo para os dias atuais, não é necessário comprar livros e nem ir a biblioteca (embora ambas as opções ainda são populares e o uso da web apenas para fornecer opções adicionais para nós), também é bastante complicado. Nós já não temos que queimar calorias para obter as respostas às nossas perguntas. Com o mínimo de esforço, podemos aprender sobre assuntos praticamente ilimitados apenas com o clique de um botão ou o movimento do nosso polegar. Mais ainda o que revolucionou nossos esforços acadêmicos: Já não é necessário ir a um campus de tijolo e argamassa para obter o seu diploma.
Agora, com a vasta informação disponível para nós na web, pode-se conceber o que um estudante esperto que faz seus estudos on-line sem sequer se registrar em uma escola real. Ele poderia simplesmente beber profundamente a partir dos recursos disponíveis para ele de forma gratuita na web. No entanto, parece que ainda estamos há um bom número de anos longe desta realidade. A maioria das igrejas ainda são bastante inflexíveis que seu pastor faça seus estudos de pós-graduação sob o seu controle (muitos só irão considerar aqueles com pelo menos um Mestrado em Divindade). No entanto, há mais e mais ​​opções viáveis para adquirir diplomas de universidades estabelecidas sem nunca ter pisado em um campus.
Eu sou um testemunha viva desta realidade. Quando eu me apresentei em algumas instituições locais, para apresentar a faculdade eu tinha acabado de me formar, tanto para a minha graduação e pós-graduação - eu só visitei uma só vez e em seguida, foi apenas para aceitar o meu diploma! Também não sou ingênuo o bastante para sugerir que não existem desvantagens para a educação on-line, mas ela certamente fornece soluções para muitos outros problemas. Aqui são três:

Custo
Talvez o benefício mais óbvio e superficial (embora não impossível) da educação online é que ela tende a ser uma opção mais rentável. Embora este não é sempre o caso, muitos seminários e institutos bíblicos oferecem aulas com desconto para estudantes online. Alguns podem cobrar até a "taxa de tecnologia", cada vez mais ambígua, mas há outras economias menos quantificáveis ​​repassados ​​para o estudante. Por exemplo, despesas variáveis, despesas com refeições e moradia. Sem mencionar que você não tem que contratar um caminhão para mudança!

Desenraizamento
No passado, a conseguir educação muitas vezes significava empacotar tudo o que você possui e deixando todo mundo que você conhecia para ir aprender em alguma galáxia "muito, muito, longe." Agora, com a crescente popularidade do ensino à distância, a sala de aula é trazida diretamente ao seu escritório (ou sala de estar, cozinha, café, quarto, etc.) através do seu laptop. Isto está estreitamente relacionado com o que eu considero ser o maior problema resolvido pela educação a distância.

Saindo da Igreja Local
Esta é, na minha opinião, o maior problema com estudos no seminário tradicionais. Há algo tragicamente irônico sobre assistir uma aula sobre eclesiologia (o estudo da Igreja) em um seminário há 300 quilômetros de distância de sua igreja local. Mas com a crescente disponibilidade de educação online este já não é mais o caso. Agora é possível se conectar a nossa formação teológica acadêmica e com a prática, a formação "pé-no-chão" do ministério com pessoas reais, na igreja local.
Há também desvantagens para seminários online. Os responsáveis ​​estão cientes desses inconvenientes e muitos estão propondo soluções para eles. Talvez em um post futuro vou examinar algumas dessas desvantagens. Mas, por agora, se você está explorando uma chamada para o ministério profissional e considerando, ainda, educação, você considerou tentar educação a distância? Qual seria a reação do seu pastor se você dizer da possibilidade de fazer uma espécie de estágio no ministério dentro de sua igreja local ao completar a sua educação acadêmica online?

Publicado em ChurchMag
Tradução livre e adaptação por Márcio Melânia


quarta-feira, 6 de abril de 2016

Prof. Leandro Karnal(*)

A sabedoria do mais influente legislador do Ocidente, Moisés, sintetizou uma concepção de mundo em Dez Mandamentos. Como bom educador, o ex-príncipe do Egito sabia que longos códigos são de difícil acesso. Curioso notar que constituições muito breves, como a norte-americana, passam dos dois séculos e constituições prolixas, como todas as brasileiras , caducam em prazos muito curtos.
Inspirados neste exemplo, elaboramos os Dez Mandamentos do Professor. Estes dez mandamentos são fruto de uma experiência particular e não se pretendem eternos ou válidos em qualquer ocasião. Gostaria apenas de fornecer a colegas, como você leitor, uma reflexão particular, que possa ser aprofundada, reinterpretada ou rejeitada de acordo com a sua experiência.
O que me levou a pensar nestes princípios é a mesma angústia que assola qualquer educador: como ser um bom profissional, ensinar, transformar meu aluno e fazer parte desta transformação? Como superar o tédio dos meus alunos, a indisciplina, a irrelevância de algumas coisas que faço e meu próprio cansaço? Como não considerar a sala um fardo e o relógio um inimigo? Como parar de achar que só vivo a partir do fim-de-semana? A partir destes questionamentos, você está permanentemente convidado a adensar ou criticar, fazer seus outros dez ou sintetizar a dois ou três, pois, quem acha que pode melhorar a aula que dá , já começou a viver educação. E quem não acha que pode? Bem, deixa para lá! Ensinar não é a única profissão do mundo…

-PRIMEIRO MANDAMENTO: CORTAR O PROGRAMA!
Quase todas as disciplinas foram perdendo aulas ao longo das décadas anteriores. Não obstante, os programas nem sempre acompanharam estes cortes. Pergunte-se: isto é realmente importante? Este conteúdo é essencial? Não seria melhor aprofundar mais tais tópicos e menos outros? Se a justificativa é a pressão do vestibular, ela não pode ocupar 11 anos de Ensino Médio e Fundamental. Se a justificativa é uma regra da escola ou um coordenador obsessivo, lembre-se: o Diário de Classe sempre foi o documento por excelência do estelionato. A coragem da grande tesoura é essencial. Dar tudo equivale a dar nada. Ensinar a pensar não implica esgotar o conhecimento humano.

-SEGUNDO MANDAMENTO: SEMPRE PARTIR DO ALUNO!
Chega de lamentar o aluno que não temos! Chega de lamentar que eles não lêem, a partir de uma nebulosa memória do aluno perfeito que teríamos sido (nebulosa e duvidosa). Este é o meu aluno real. Se, para ele, Paulo Coelho é superior a Machado de Assis e baile Funk é superior a Mozart, eu preciso saber desta realidade para transformá-la. Se ele é analfabeto devo começar a alfabetizá-lo. Se ele está no Ensino Médio e ainda não domina soma de frações de denominadores diferentes devo estar atento: esta é minha realidade. A partir do zero eu posso sonhar com o cinco ou seis. A partir do imaginário da perfeição é difícil produzir algo. A Utopia, desde Platão e Thomas Morus, tem a finalidade de transformar o real, nunca de impossibilitá-lo.

-TERCEIRO MANDAMENTO: PERDER O FETICHE DO TEXTO!
Em todas as áreas, em especial nas humanas, os alunos são instigados quase que exclusivamente ao texto. Num mundo imerso na imagem e dominado por sons e cores, tornamos o texto central na sala de aula. Devemos estar atentos ao uso de imagens, música, sensorialidades variadas. O texto é muito importante, nunca deve ser abandonado. Porém, se o objetivo é fazer pensar, o texto é apenas um instrumento deste objetivo maior. Há pessoas que pensam e nunca leram Camões e há quem saiba Os Lusíadas de cor e não pense…Lembre-se de que há outros instrumentos. A sedução das imagens deve ser uma alavanca a nosso favor, nunca contra. Usar filmes, propagandas, caricaturas, desenhos, mapas: tudo pode servir ao único grande objetivo da escola: ajudar a ler o mundo, não apenas a ler letras.

-QUARTO MANDAMENTO: POSSIBILITAR O CAOS CRIATIVO.
Fomos educados a um ideal de ordem com carteiras emparelhadas e, mesmo no fundo do nosso inconsciente, este ideal persiste. Qual professor já não teve o pesadelo de perder o controle total de uma sala, especialmente na noite mal dormida que antecede o primeiro dia de aula? Devemos estar preparados para o caos criador e para o lúdico. Alunos andando pela sala, trocando fragmentos de textos ou imagens dados pelo professor, discussões, encenações, o professor recitando uma poesia ou mandando realizar um desenho: tudo pode ser canal deste lúdico que detona o caos criativo. Surpreenda seus alunos com uma encenação, com um silêncio, com um grito, com uma máscara. Uma sala pode estar em ordem e ninguém aprendendo e pode estar com muitas vozes e criando ambiente de aprendizado. Lembre-se o silêncio absoluto é mais importante para nós do que para os alunos. É difícil vencer a resistência dos colegas e da própria escola a isto. Lógico que o silêncio também deve ser um espaço de reflexão, mas é possível pensar que há valor num solo gentil de flauta, numa pausa ou num toque retumbante de 200 instrumentos.

-QUINTO MANDAMENTO: INTERDISCIPLINAR!
Assim mesmo, entendido o princípio como um verbo, como uma ação deliberada. É fundamental fazer trabalhos com todas as áreas. Elaborar temas transversais como o MEC pede e, ao mesmo tempo, libertar o aluno da idéia didática das gavetas de conhecimento. Não apenas áreas afins (como História e Geografia) mas também Literatura e Educação Física, Matemática e Artes, Química e Filosofia. É preciso restaurar o sentido original de conhecimento, que nasceu único e foi sendo fragmentado até perder a noção de todo. O profissional do futuro é muito mais holístico do que nós temos sido até hoje.

-SEXTO MANDAMENTO: PROBLEMATIZAR O CONHECIMENTO.
Oferecer ao aluno o cerne da ciência e da arte: o problema. Não o problema artificial clássico na área de exatas, mas os problemas que geraram a inquietude que produziu este mesmo conhecimento A chama que vivou os cientistas e artistas é transmitida como um monumento inerte e petrificado. Mostrem as incoerências, as dúvidas, as questões estruturais de cada matéria. Mostrem textos opostos, visões distintas, críticas de um autor ao outro. Nunca fazer um trabalho como: “O Feudalismo” ou “O Relevo do Amapá”; mas problemas para serem resolvidos. Todo animal (e, por extensão, o aluno) é curioso. Porém, é difícil ser curioso com o que está pronto. Sejamos francos: se é tedioso ler um trabalho destes, qual terá sido o tédio em fazê-lo?

-SÉTIMO MANDAMENTO: VARIAR AVALIAÇÕES.
Provas escritas são válidas, como a vitamina A é válida para o corpo humano. Porém, avaliações variadas ampliam a chance de explorar outros tipos de inteligência na sala. As outras avaliações não devem ser vistas como um trabalhinho para dar nota e ajudar na prova, mas como um processo orgânico de diminuir um pouco a eterna subjetividade da avaliação.

-OITAVO MANDAMENTO: USAR O MUNDO NA SALA DE AULA!
O mundo está permeado pela televisão, pela Internet, pelos jornais, pelas revistas, pelas músicas de sucesso. A escola e a sala de aula precisam dialogar com este mundo. Os alunos em geral não gostam do espaço da sala porque ele tem muito de artificial, de deslocado, de fora do seu interesse. Usar o mundo da comunicação contemporânea não significa repetir o mundo da comunicação contemporânea; mas estabelecer um gancho com a percepção do meu aluno.

-NONO MANDAMENTO: ANALISAR-SE PESSOALMENTE!
A primeira pessoa que deve responder aos questionamentos da educação é o professor. Somos nós que devemos saber qual o motivo de dar tal coisa, qual a relevância, qual a utilidade de tal leitura. O professor é o primeiro que deve saber como tal ciência transformou a sua vida. Isto implica fazer toda espécie de questão, mesmo as incômodas. Se eu não fico lendo tal autor por prazer e nem o levo aos meus passeios como posso exigir que um jovem ou uma criança o façam? Qual a coerência do meu trabalho? Minha irritação com a turma indisciplinada é uma espécie de raiva por saber que eles estão certos? Minha formação permanente me indica novos caminhos? Estou repetindo fórmulas que deram certo quando eu era aluno há 20 ou mais anos? É necessário um exercício analítico-crítico muito denso para que eu enfrente o mais duro olhar do planeta: o do meu aluno.

-DÉCIMO MANDAMENTO: SER PACIENTE!
Hoje eu acho que ser paciente é a maior virtude do professor. Não a clássica paciência de não esganar um adolescente numa última aula de sexta-feira, mas a paciência de saber que, como dizia Rubem Alves, plantamos carvalhos e não eucaliptos.

Nossa tarefa é constante, difícil, com resultados pouco visíveis a médio prazo. Porém, se você está lendo este texto, lembre-se: houve uma professora ou um professor que o alfabetizou, que pegou na sua mão e ensinou, dezenas de vezes, a fazer a simples curva da letra O. Graças a estas paciências, somos o que somos.
O modelo da paciência pedagógica é a recomendação materna para escovar os dentes: foi repetida quatro vezes ao dia, durante mais de uma década, com erros diários e recaídas diárias. As mães poderiam dizer: já que vocês não querem nada com o que é melhor para vocês, permaneçam do jeito que estão que eu não vou mais gritar sobre isto (típica frase de sala de aula…) . Sem estas paciências, seríamos analfabetos e banguelas. Não devamos oferecer menos ao nosso aluno, especialmente ao aluno que não merece nem quer esta paciência  este é o que necessita urgentemente dela. O doente precisa do médico, não o sadio. O aluno-problema precisa de nós, não o brilhante e limpo discípulo da primeira carteira.
Há alguns anos eu falava de alguns destes princípios e uma senhora redarguiu dizendo que ela fazia tudo isto e muito mais e, mesmo assim, os alunos estavam cada vez piores e com menos resultados. Olhei para esta professora e senti nela o reflexo de meus cansaços também. A única coisa que me ocorreu lembrar é uma alegoria, com a qual encerro este texto: Na nossa cultura há um modelo de professor: Jesus. A maioria absoluta das pessoas no Brasil é cristã, mas a alegoria serve também para os que não são. Tomemos a história de Jesus independente da nossa orientação religiosa. Comparemos: Jesus teve 12 alunos escolhidos por ele! Eu tenho 30, 60, 100, escolhidos por um rigoroso processo de seleção: inscreveu, pagou, entrou. Jesus teve alunos em tempo integral por três anos: eu tenho por duas ou quatro aulas semanais, por um período mais curto.
Os alunos de Jesus deixaram tudo para segui-lo, o meu não deixa quase nada e não quer acompanhar nem meu pensamento, quanto mais minhas propostas existenciais. Fiel aos novo ditames do MEC, Jesus deu um curso superior em três anos. Para quem acredita, Ele fazia milagres, coisa que nós certamente não fazemos naquele sentido.
A aula, de Jesus, assim, era reforçada por work-shops. A auto estima e a confiança de Jesus era enorme: o cara simplesmente dizia que era o Filho de Deus, que ressuscitava mortos, andava sobre as águas, passava quarenta dias sem comer e não tinha medo de ninguém. Eu não tenho esta convicção. Melhor: as aulas eram ao ar livre, sem coordenação, sem direção, sem colegas e os pais dos alunos não apareciam para reclamar! Bem, após 3 anos de curso intenso com todos estes reforços, chegou a prova final.
Na agonia do Horto os três melhores alunos dormiram, quando o Mestre estava chorando sangue. O tesoureiro da turma denunciou o professor à Delegacia de Educação por 30 moedas. O líder da classe, Pedro, negou que tivesse tido aula por três vezes diante da supervisora de ensino: nunca vi este cara antes… Outros nove fugiram sem dar notícia e não compareceram à prova final: o Calvário. O mais novo e bobinho, João, foi até lá, mas não fez nada para impedir que os guardas matassem o professor. Se considerarmos João , com boa vontade, o único aprovado, teremos uma média de êxito de 8.33%, baixa demais para os padrões das Delegacias de Ensino e alvo de demissão sumária por justa causa. O professor morreu e, para quem acredita, voltou para uma recuperação de férias. Reuniu os reprovados e disse: mais uma chance. Um dos alunos , Tomé, pediu para colocar o dedo no diploma do professor para ver se era de verdade. Primeira pergunta do líder da turma, Pedro: “Senhor, é agora que vais restaurar o reino de Israel?” Ou seja, o melhor aluno não aprendeu nada! Esta pergunta mostra o oposto da aula dada, pois ele achou que o curso tinha sido sobre política e, na verdade, tinha sido sobre Teologia… Objetivos não atingidos: 100% ! Novos milagres, mais 40 dias defeedback, apostilas, recuperação, reforço de férias. Final de curso pirotécnico: subiu ao céu entre nuvens e anjos assistentes-pedagógicos disseram que o mestre tinha ido para a sala dos professores eterna e não mais voltaria. O curso estava encerrado, todas as lições tinham sido dadas para aquela nata de 11 homens. O que eles fizeram? Foram se esconder numa casa, todos apavorados.
O mestre mandou um módulo auto-instrucional de reforço, o Espírito Santo, um anabolizante. Só então, com uma força externa, eles começaram a entender, e finalmente tiveram aquela famosa reação bovina: HUMMMM… Bem, eu disse à professora que me questionava: se Jesus teve tantos insucessos apesar de condições tão boas, a senhora quer ser mais do que Ele? Hoje eu diria para qualquer profissional: faça o máximo, mas apenas o máximo, e deixem o resto por conta do resto. A frase parece autista, mas é muito importante. Nós temos um limite: a vontade do aluno, da instituição e da sociedade como um todo. Não transformamos nada sozinhos, mas transformamos. O primeiro passo é a vontade. O segundo começa daqui a pouco, naquela sala difícil, com aquela turma sentada no fundo e naqueles angustiantes dez minutos que você vai levar para conseguir fazer a chamada… Vamos lá?

Publicado em DocSlide

(*)Leandro Karnal é um historiador brasileiro, atualmente professor da Universidade Estadual de Campinas na área de História da América.Wikipédia


quarta-feira, 30 de março de 2016

Fazer uma apresentação de trabalho é uma atividade frequente na vida de todos os alunos, do ensino fundamental ao doutorado. Ao longo da nossa jornada de estudos, temos que fazer apresentações de seminários, de trabalhos em grupo, de trabalhos em congressos, de artigos científicos em disciplinas e, por fim, mas não menos importante, apresentações de defesa de trabalhos.
A essa altura do campeonato, entretanto, você já deve ter assistido uma quantidade considerável de apresentações horríveis, que semeiam o tédio e a vergonha alheia entre as pobres almas torturadas durante aquele período de tempo.
Você provavelmente não deve ter dificuldade em fazer neste momento uma lista dos problemas que tornaram essas apresentações de trabalho insuportáveis.
Então a grande questão é: se já assistimos várias apresentações que nos causaram desconforto, se sabemos o que não devemos fazer em uma apresentação de trabalho, por que continuamos errando?
No decorrer deste texto, você irá encontrar as causas dos principais erros, como combatê-las e como fazer uma apresentação de trabalho inesquecível.
Junte-se a nós nessa jornada!

Para fazer uma apresentação de trabalho inesquecível, supere o medo de falar em público

O primeiro passo para fazer uma apresentação de trabalho inesquecível é entender a causa dos principais erros cometidos em uma apresentação: o medo de falar em público.
O medo de falar em público é um tipo específico de fobia social decorrente do medo do julgamento das outras pessoas, do medo de ser humilhado ou ridicularizado em público.

Relato de caso:
Quando eu fiz a defesa de tese, todo o tempo os meus joelhos estavam tremendo, e as minhas mãos suando. E isso foi apenas na frente do meu orientador e dois membros da comissão. Por dentro, principalmente no começo, eu estava gritando “me tira daqui“.
“Mas eu não tenho medo de falar em público!”
Aham, Claudia. Senta lá.

Mesmo os melhores palestrantes admitem aquele “friozinho na barriga” antes de começar uma apresentação. O medo de falar em público é um dos medos mais comuns entre as pessoas, superando, inclusive, o medo de morrer.
É o medo de esquecer alguma coisa importante ou do famoso “deu branco” que faz com que as pessoas carreguem seus slides com textos quilométricos e realize a leitura destes textos durante a apresentação.
É o medo da avaliação do professor ou dos próprios colegas que causa boa parte do nervosismo que estraga apresentações de trabalho promissoras.

“Tá. Eu fico nervoso ao falar em público. E agora?”

Para superar o medo de falar em público, tenha em mente que esse é um medo comum, mesmo entre conferencistas acostumados com apresentações, que seus colegas também o sentem, e que você, assim como todos, terá que lidar com isso.
Observe seus sentimentos durante as apresentações, e como você reage a esses sentimentos. Procure entender o que acontece e descobrir em que pontos você pode melhorar.
Treine antes o que vai falar, em frente a um espelho ou grave seu ensaio. À medida que você dominar mais o assunto, você se sentirá mais seguro e autoconfiante na hora de realizar a apresentação do trabalho.
E o mais importante: prepare-se com antecedência! Não se sentir preparado ou não ter domínio do assunto irá resultar em insegurança, que será traduzida de diferentes formas durante sua apresentação.
Lembre-se também que só você sabe como sua apresentação deveria ser: a menos que você chame a atenção para o fato, provavelmente ninguém perceberá que você esqueceu de falar algo ou que apresentou algo de forma diferente da prevista.
Encare cada apresentação como uma oportunidade para aprimorar suas habilidades, e não como algo com que se preocupar.

Para fazer uma apresentação de trabalho inesquecível, prepare-se com antecedência

Depois do medo de falar em público, a procrastinação na hora de preparar a apresentação é o segundo maior problema nas apresentações de trabalhos.
É simplesmente impossível preparar uma apresentação de trabalho inesquecível apenas na noite anterior à apresentação.
O domínio do trabalho apresentado é fundamental para se ter segurança no momento da apresentação e para conseguir abordar o tema de forma adequada.
Após o estudo do trabalho, reflita sobre qual mensagem você gostaria de passar com a apresentação. Em qual conclusão você gostaria de chegar?
Com esse ponto de chegada em mente, construa um roteiro com os pontos e os argumentos necessários para chegar a essa conclusão.
Tire todas as suas dúvidas sobre esses pontos, verifique se você possui dificuldade com o significado de alguma palavra, ou de algum conceito. Dê atenção especial a eles.
Acostume-se a agendar o preparo da apresentação com pelo menos uma semana de antecedência. Assim você tem tempo suficiente para ir amadurecendo as ideias e os conceitos.

Para fazer uma apresentação de trabalho inesquecível, seja o centro das atenções
Imagine a cena: o apresentador, de costas para o público, lê incansavelmente aquele texto no slide em PowerPoint.
Por favor, não seja esse apresentador.

Fato: a leitura silenciosa do público é mais rápida que a leitura em voz alta do apresentador. Enquanto o apresentador ainda está lendo, o público já terminou de ler e já começou a divagar.

Quando o apresentador termina a leitura, o público já está pensando se a bolsa vai cair no dia certo no próximo mês, nas contas para pagar, ou no próximo jogo do Corinthians.
O centro das atenções em uma apresentação é o próprio apresentador, e isso faz com que a atenção seja constante.

Os slides são apenas um recurso auxiliar.
Ao fazer uma apresentação de trabalho seria pouco prático solicitar que o público imaginasse “um gráfico de linhas, com as doses de nitrogênio no eixo horizontal e a produtividade da cultura no eixo vertical, em que o ponto de máxima produtividade é obtida na dose de 50 kg ha-1 de nitrogênio”.
Ao invés de contar com a criatividade do público, lançamos mão de um recurso visual, ao apresentar o gráfico em um slide. É para este tipo de situação que os recursos visuais devem ser utilizados.
Planeje seus slides para criar um roteiro da sua apresentação, de modo que você sinta segurança em não esquecer os pontos importantes, para apresentar conceitos e para apresentar gráficos e figuras.
Procure criar slides visuais, com um layout agradável e arrojado, diferente dos layouts disponíveis como modelo nos softwares de slides.
O resto deve ficar por conta da sua apresentação oral e, por isso, aquela preparação da apresentação com antecedência é tão importante.

Ao preparar os slides, leve em consideração as seguintes dicas:

Use pouco texto
Seja o mais conciso possível. O slide ideal tem apenas imagens ou no máximo dez palavras. Abuse de imagens em boa resolução. Os detalhes devem ser complementados apenas verbalmente. Isso irá evitar que você caia na tentação de ler o texto do slide.

Evite o uso de marcadores
Só use marcadores quando absolutamente necessário, como no primeiro slide, por exemplo, caso você queira apresentar um roteiro das ideias a serem expostas (o que é muito recomendado).

Separe os assuntos
Não existe limite de slides em uma apresentação, e o melhor: são de graça! Procure colocar apenas uma ideia ou gráfico por slide. Caso seja necessário, as informações podem ser divididas em vários slides.

Nada de letrinhas miúdas
Evite usar fontes menores que 28 pontos. O menor tamanho aceitável é 24, sem serifa. É impossível prever o grau de acuidade visual das pessoas que irão assistir à apresentação, por isso, tente não deixar ninguém de fora.

Enfatize o que é importante
Ao apresentar um gráfico, destaque a informação mais relevante, e faça isso no próprio slide, em vez de usar o laser pointer.

Faça os gráficos certos
Gráfico de pizza? Prefira a versão 2D. A versão 3D distorce as imagens. E use apenas duas cores nos gráficos de barras.

Aplique a regra dos 3 segundos
Depois de terminar sua apresentação, releia os slides e veja se cada um deles pode ser totalmente compreendido em no máximo 3 segundos.
A regra de ouro em apresentações de trabalho é: nunca, jamais, em hipótese alguma, leia o que está escrito no slide. Isso fará com que você seja ignorado. Esta é a regra primordial, não deveria nem precisar de explicação.
Mas se ainda não estiver convencido, lembre-se que a partir da 4ª série do ensino fundamental ninguém mais necessita (ou em tese não deveria mais necessitar) de ajuda para ler. Por favor, respeite o seu público: se você quer muito que o público leia algo, traga impresso e distribua após a apresentação.

Faça uma apresentação de trabalho inesquecível!
Agora que você já se preparou, vamos às dicas para o momento da apresentação:

Não economize exemplos
Apresente os conceitos seguidos de exemplos, reais ou não. Eles são importantes na compreensão e na retenção do que está sendo apresentado. Torne os números significativos. Números não significam muito, a menos que sejam colocados em um contexto. Conecte os pontos para o seu público, dê a eles a noção de grandeza das medidas, faça comparações.

Use do bom humor, mas não abuse
O humor ajuda a descontrair e a despertar a atenção do público, sobretudo em apresentações com maior duração. Mas se você não é acostumado a fazer humor no seu cotidiano, melhor não deixar para tentar isso em uma apresentação. Soa artificial e todos percebem.

Atente para a postura
Durante a apresentação, você não se comunica apenas verbalmente. Seus gestos, a entonação da sua voz e sua postura também fazem parte da comunicação. Não utilize o laser point como se fosse o sabre de luz de um Cavaleiro Jedi e nunca fique de costas para o público.

Não aponte suas falhas
Nada mais chato do que alguém que fica se desculpando o tempo inteiro. Muitas vezes, se o apresentador não chamasse a atenção para as falhas, elas passariam despercebidas.

Cuidado com os vícios de linguagem
São os famosos “éééé”, “então”, “né” e “aí” das apresentações. Geralmente são grunhidos emitidos enquanto o apresentador pensa. Vício de linguagem também é algo difícil de largar: você se policia para acabar com um, acaba adquirindo um novo. Por isso, vigilância constante.

Demonstre entusiasmo
Lembre-se que seu público quer ser surpreendido, não cair de tédio. Da próxima vez que preparar uma apresentação, pense em como colocar sua personalidade nela. A maioria dos apresentadores entra em um “modo de apresentação” e procura tirar toda a emoção da fala. Se você não é um entusiasta sobre o tema em questão, como espera que seu público seja?

Tente criar um momento inesquecível
Este é o momento na sua apresentação em que todos irão falar depois. Toda apresentação evolui para uma grande cena. Um clímax. Qual será o momento memorável da sua apresentação? Planeje esse momento previamente e evolua sua apresentação até ele.

Publicado em Pós-Graduando


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